terça-feira, 2 de abril de 2013

Homens 'castrados'



Eu saí esbravejando injúrias contra o manobrista do supermercado. A moto ia ligar, eu tinha certeza, era só mais uma tentativa. Aquele funcionário esnobe “deixa eu   ligar”, entreguei a moto como quem queria asfixiá-lo de resmungos. E saibam, ele demorou tanto quanto eu iria. Minha amiga no carona; “Natalia, você precisa parar de castrar os homens”. Foi a gota.
Elas tem tudo, menos um amor.

Parece mesmo que a mulher saiu do gineceu e parece não se contentar, precisa também destruir o 'androceu'. Nem aqui nem lá, elas estão mesmo é em todo lugar. ‘Caçam’ como eles, participam da vida política, frequentam a ‘ágora’ e ainda dão conta dos filhos, da casa e de si próprias.  Estão quase a gritar em coro “Não precisamos de vocês”. 

Assim conseguem mentir muito bem (o que também sempre foi um papel bem masculino não?). Brincadeiras a parte, meu assunto aqui é com as mulheres que precisam ser mais ‘cavalheiras’ ops, mais femininas. Incluindo eu. Mas será que eles, nessa gororoba de funções, também não estão muito femininos?

Deixa a lata de ervilha pra ele abrir, entregue as chaves do carro, a conta do primeiro encontro. Ele precisa resolver aquele defeitinho no computador. Mas não basta deixar de ser masculina, temos que abraçar nossa natureza. Cozinhe pra ele, sim. Não tem nada de machismo em desempenhar as tarefas historicamente feminizadas. Não quero afirmar aqui que eles estão desmasculinizados e as mulheres por ligeira mutação genética viraram todas ‘supermachos’, não, não ganhamos nenhum cromossomo “Y”.

Ambos precisaram nas últimas décadas desenvolver papéis que eram, pelo fator biológico, desempenhado pelo sexo oposto. Agora eu pergunto, se ambos desenvolvem todas as habilidades porque que a mulher é quem está atrapalhando? Porque os homens ficaram ‘bonitinhos’ na cozinha. Nós amamos.

No entanto, as mulheres atrapalham quando entendem muito de mecânica, quando mesmo depois de horas, resolvem os problemas de informática. Algumas podem não ter noção, mas não entregam o problema pra ele. Apelam para o youtube qualquer coisa do tipo, parecem precisar sentir uma virilidade que não lhes pertence. Porque vocês acham que eles nunca pedem informações mesmo perdidos? Esse senso desbravador é deles. Sem contar que é negar nosso sexo, que adora depender deles, em troca de orgulho.

Temos que esclarecer, não é sempre nem são todas as mulheres que cortam o prepúcio de seus indivíduos. Numa relação mais madura os papéis já estão mais esclarecidos, alguns casais estão resolvidos. Mas na hora do ‘cortejo’ precisamos castrar mesmo é nossa independência extravasada.

Eles precisam naturalmente se sentir úteis. Acrescenta-se a isso o fato de que as relações estão fluidas e as pessoas reificadas, ou seja, viraram objetos que usamos e não indivíduos que amamos, então eles se vêem como produto de supermercado que precisa mostrar sua utilidade para cogitar serem consumidos, e a gente adora ver as manifestações de virilidade deles não é meninas? Por isso, bay bay testosterona, ainda somos mulheres!

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